“ A Sandro Bocola pode chamar-se de generalista; uma definição sem dúvida adequada para alguém que durante a sua carreira laboral, trabalhou como pintor, escultor, fotografo e artista videográfico, designer gráfico, editor de obras de arte, organizador de exposições e escritor.”
Fritz Billeter
Em 1931, nasce em Trieste, Sandro Bocola. A sua infância é passada fundamentalmente na Itália, Suíça e Líbia. Em 1948, realiza uma formação profissional na Escola Superior de Artes e Ofícios de Basileia, na qual realiza um curso de pintura e desenho e outro curso especializado em artes gráficas publicitárias. Nesta fase da sua carreira, trabalha principalmente como pintor. È em 1952 que funda a associação de artistas “Ulises”. Durante três anos, este movimento de arte jovem, leva a cabo um programa regular de exposições de artistas jovens, que se complementa com leituras, conferencias e debates públicos, assim como representações teatrais e cinematográficas. Em 1955 muda-se para Espanha, onde se instala em Barcelona.
Abandona temporariamente a pintura e realiza o seu primeiro trabalho como designer gráfico e acessor publicitário. Nesta altura, tem oportunidade de colaborar com a revista Graphis e com diversas agencias publicitárias de Paris e Zurich. Em 1959 muda-se novamente, com destino a Paris, onde começa a rodagem de uma película experimental “Jazz in Camera”. Este filme conta com a presença do quinteto Donal Byrd, mas é forçado a abandonar o projecto por motivos financeiros. Também em Paris é em 1961 director artístico da agencia publicitária de Robert Delpire e durante o mesmo período volta ao seu trabalho artístico como pintor e escultor.
A sua primeira viagem aos Estados Unidos é realizada em 1965, mas passados três anos volta a mudar-se, desta vez para Zurique. Aqui trabalha como artista, designer gráfico e director artístico. Paralelamente organiza diversas exposições individuais e colectivas em Basileia, Zurique, Genebra, Paris, Londres, Oslo, Berlim, Nova York, Filadélfia e Caracas. A partir de 1975, assiste a aulas de psicoanálises e passados dois anos funda e dirige o Museu de Arte Popular de Horta de Sant Joan. Ainda neste período, escreve alguns textos sobre a teoria da arte e publica-os no jornal Tages-Anzeiger, de Zurich. Mais tarde viria também a publicar o livro “La experiencia de lo incierto en el arte contemporâneo”.
No início dos anos 90 torna-se o comissário responsável pela exposição itinerante “Asientos africanos”, a cargo do Vitra Design Museum, de Weil am Rhein. Em 1994 a editorial Prestel publica o seu segundo livro “El arte de la modernidad. Estructura y dinâmica de su evolición. De Goya a Beuys”, publicação esta que alguns anos mais tarde viria a ser traduzida para inglês e espanhol. É já no séc. XXI que Bocola realiza as suas primeiras experiências fotográficas digitais, e a partir de 2002, muda-se para Barcelona novamente, onde constrói a sua própria oficina para a manipulação digital de fotogramas e fotografias.
25 fevereiro 2007
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1 comentário:
Oi, me chamo Marcos vivo em Barcelona e trabalho com Sandro Bocola, queriamos saber mais informaçäo sobre vocês.
mdmalungo@gmail.com
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