25 fevereiro 2007

Enric Crous-Vidal


Em Espanha, Enric Crous-Vidal promoveu a edição da revista Art, para a qual desenhou a cabeceira. Quando estalou a Guerra Civil, em 1936, emigra para Paris, onde acabar por se tornar director de artístico da Fonderie Typographique Française. Para esta fundição projectou Ilerda (1945), Les Catalanes (1952), Flash (1953), Paris (1953) e Arabescos (1954).

Foi o fundador da escola Grafía Latina. Aqui expôs a necessidade de criar um novo sistema de estruturas tipográficas e de grafismos inspirados na elegância e movimento dos tipos mediterrâneos antigos. Os arabescos em oposição à sobriedade da tipografia germânica de formas cúbicas e rigorosas. Esta ideologia teve alguma repercussão na Espanha e na França, mas fracassou perante a grande difusão do tipo Univers de Adrian Frutiger. Estes tipos revelaram-se mais versáteis que os tipos semicaligráficos fundidos pelos defensores da grafia latina, que apenas serviam para títulos e cartazes. Esta derrota levou Enric a abandonar a sua militância na tipografia e a dedicar-se à pintura de aí em diante.

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